Description:
<p>Temos a satisfação de oferecer para nosso público leitor mais um número de nossa revista. Temos a certeza que neste mais uma vez contribuímos para a produção e divulgação de conhecimento em nossa área de atuação a história da educação<strong> </strong>e a qual este periódico tem como missão e razão de existir.</p> <p>Abrimos este número de nossa revista com o trabalho do professor francês Pierre Caspard: <em>A historiografia francesa da educação em um contexto memorialistico: Reflexões sobre algumas problematicas evoluções</em>. Neste trabalho este renomado pesquisador propõe algumas explicações para a discrepância, que diz respeito às mudanças recentes no sistema educativo, nas condições em que operam os historiadores da educação, e da evanescência de dois quadros de análise há muito tempo paradigmáticos: as classes sociais e a nação.</p> <p>É com satisfação que publicamos o trabalho do professor Marcus Vinicius Fonseca: <em>Apontamentos em relação às formas de tratamento dos negros pela história da educação</em>. Neste artigo, o autor procura demonstrar a necessidade de uma mudança de postura dos historiadores no sentido de integrar de forma plena os negros à história da educação.</p> <p>A seguir publicamos um texto sobre um dos clássicos da história da educação mundial - Comenius. A professora Alessandra Avanzini, no texto <em>O sentido e o papel que desempenha o “alfabeto” em Comenius, </em>destaca que a maneira que Comenius concebeu a idéia de educação para todos deriva de uma visão particularmente sugestiva de alfabetização universal.</p> <p>No artigo <em>Discursos do poder, política educacional e os livros didáticos de leitura no Rio Grande do Sul </em>(1930/1945) as professoras Berenice Corsetti, Elisabete Magda Klaus, Márcia Cristina Furtado Ecoten tratam da relação percebida entre os discursos pronunciados pelos dirigentes maiores da educação brasileira, no período de 1930 a 1945, os quais explicitaram os pressupostos da política educacional então vigente, e os manuais didáticos de leitura utilizados nas escolas primárias do Rio Grande do Sul.</p> <p>Com o texto <em>A educação no Brasil Império: análise da organização da instrução na Província de Minas Gerais </em>(1850-1889), os investigadores Renata Fernandes Maia de Andrade e Carlos Henrique de Carvalho propõem-se a discutir as concepções de educação do governo mineiro na segunda metade do século 19. Há um destaque na compreensão de importantes facetas das políticas provinciais para a instrução, tais como a profissão docente e as escolas normais; a organização administrativa; a instrução pública e particular dentre outras apontadas e discutidas ao longo trabalho.</p> <p>No artigo seguinte <em>Trabalho do professor: do dizer das tradições a emergência de sentidos contemporâneos </em>os investigadores Rosa Maria Filippozzi Martini e Paulo Roberto Corrêa Glasorester analisam as diferentes tradições que deram sentido ao trabalho docente. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada em textos de história da educação e de filosofia com caráter interdisciplinar.. Foi possível constatar a emergência de antigos significados que assumiram novas dimensões na atualidade.</p> <p>O professor Wenceslau Gonçalves Neto no trabalho <em>O município e a educação em minas gerais: a implementação da instrução pública no início do período republicano</em>, apresente o resultado de pesquisa realizada com financiamento do CNPq, evidencia como o poder local participa do esforço pela instrução pública, a aproximação/distanciamento com a proposta oficial do Estado, as dimensões político-ideológicas, o grau de complexidade das iniciativas, as perspectivas que se abrem, o funcionamento e a eficácia do sistema, etc. Ou seja, estender aos municípios a análise da formação dos sistemas públicos de ensino no início do período republicano.</p> <p>Fechando a seção de artigos, deste número, as professoras espanholas María del Mar del Pozo Andrés e Verônica Sierra Blas, no texto <em>Do "paraíso" soviético. Cultura escrita, educação e propaganda nas redações escolares das crianças espanholas enviadas à Rússia durante a guerra civil espanhola, </em>analisam um singular acontecimento da Guerra Civil espanhola. Propõem-se a analisar a importância da redação como prática pedagógica nas escolas e estudar a influência da propaganda e a ideologia nas mentes infantis.</p> <p>Em nossa tradicional seção <em>Documentos</em>, apresentamos a primeira parte da Reforma João Luiz Alves de 1925, que estabelece o concurso da União para a difusão do ensino primário, organiza o Departamento Nacional do Ensino, reforma o ensino secundário e o superior e dá outras providências.</p> <p>Contamos que nossos leitores e colaboradores continuem a nos prestigiar como têm feito até o momento. De modo que a revista se constitua em mais um difusor da produção científica na área de história da educação.</p> <p><em> </em></p> <p>Os editores.</p>