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O artigo propõe uma nova definição operacional de deficiência e uma metodologia de cálculo para estimar as distribuições de pessoas idosas e deficientes incapazes para o trabalho e vida independente, dos benefícios e dos níveis de cobertura do Benefício de Prestação Continuada (BPC), segundo diferentes estratos de renda da população brasileira. São usados dados do Censo 2000, da Pnad 2006 e de registros administrativos do MDS. A estimativa indica que a população de idosos e deficientes incapazes distribui-se uniformemente nos estratos de renda, mas os benefícios são distribuídos predominantemente nos grupos de renda mais baixa da população, com a cobertura maior entre os mais pobres. Os resultados sugerem que a cobertura da população-alvo ainda é insuficiente e que o programa apresenta erros de focalização, mas estes são, em sua maioria, de baixa intensidade.