Description:
O presente artigo apresenta experiências vividas por quatro universitárias que ingressaram pelo sistema de cotas nos cursos de Engenharia Elétrica, Medicina, Pedagogia e Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB). A escolha de tais cursos se deve à possibilidade de refletir sobre como distintos contextos, com diferentes reguladores situacionais, podem trabalhar na organização das representações de gênero e étnico-raciais das alunas e provocar estratégias diferenciadas no que diz respeito ao enfrentamento do preconceito e da discriminação, tendo em vista o processo relacional de construção de identidades. Nosso interesse não é propiciar uma generalização, mas obter insights sobre as representações raciais e de gênero por meio de um diálogo que procure perceber significados atribuídos pelos sujeitos às situações de interação na vida escolar e acadêmica e problematizar os mecanismos que operam na constituição dessas significações. <br /><br />Palavras-chave: Ações afirmativas. Cotas. Juventude. Relações étnico-raciais. Relações de gênero.