Partindo do ponto que o homem é considerado um ser simbólico e influenciado diretamente pelos aspectos sociais e culturais, o seu imaginário é totalmente estimulado por tudo e todos que estão a sua volta, principalmente na contemporaneidade, quando o que está em voga é a infância, a TV e suas brincadeiras. Este estudo objetivou conhecer a dinâmica brincante entre os heróis de alguns desenhos animados (Power Rangers, Ben 10, Homem Aranha e Homem de Ferro) e a orientação estética desta teia de relações, a partir das metáforas e construções teóricas de Ariès, Brougère, Jones, Huizinga, Morin, Sutton-Smith, dentre outros. Partindo do pressuposto que a criança utiliza a sua imaginação para brincar com o que está ao seu redor e que os objetos que compõem este meio também podem influenciá-la, foram formuladas as seguintes indagações: como o processo de identificação com o desenho animado age para suscitar a imaginação das crianças? Como a agressividade permeia suas brincadeiras? Foram realizadas entrevistas com sete crianças de cinco anos de idade da Educação Infantil de uma Escola Municipal de Cuiabá/MT. O texto apresentou a importância de ter uma percepção sensível sobre a relação que a criança faz com seus heróis midiáticos: a escolha da brincadeira, a preferência do personagem e os comportamentos lúdico-agressivos presentes neste momento. Isso possibilitou uma experiência estética, de mostrar a linguagem lúdica da criança ao interpretar à sua maneira o conteúdo dos desenhos animados.Starting from the point of view that the man is considered to be a symbolic being and directly influenced by social and cultural aspects, his imagination is fully stimulated by everything and everyone that is around him, especially when what is in vogue in contemporaneity is childhood, TV and playing. This study aimed to understand the playful dynamics between cartoon heroes (Power Rangers, Ben 10, Spider-man and Iron Man) and the aesthetic orientation of this web of relationships, on the basis of the theoretical constructs of Ariès, Brougère, Jones, Huizinga, Morin, Sutton-Smith, among others. Thus, how does the process of identification with cartoons brings out a child's imagination? How does the aggression pervade these games? Interviews were conducted with seven five-year-old children from the Kindergarten at a public school located in Cuiabá/MT, Brazil. The paper showed the importance of having a sensible perception of the relationship that the child builds with media heroes: the playing choice, the preference for the character and playful and aggressive behavior present at this time. It provided an aesthetic experience, to show the playful language of the child in order to interpret in their own way the content of cartoons.