Rosane da Conceição Vargas; Virginia Bedin; Isabel Cristina Peregrina Vasconcelos; Beatriz Vargas Dorneles
Description:
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial;">O presente estudo investiga como crianças ouvintes descrevem a inserção de uma criança surda em uma sala de aula. Analisa-se a influência da classe social em relação à aceitação da criança surda pelas crianças ouvintes.<strong style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </strong>Participaram do estudo 144 crianças, de 3ª a 5ª séries, assim distribuídas: 76 de uma escola privada e 68 de uma escola pública, ambas pertencentes ao município de Porto Alegre, RS. A escola pública atende fundamentalmente às classes sociais de nível socioeconômico baixo, e a escola privada atende alunos de classe social predominantemente média e alta. Todos receberam a mesma tarefa: completar uma história que descrevia a reação de crianças ouvintes à inserção de uma nova colega surda na turma. O estudo demonstra que os alunos têm a intenção de realizar alguma forma de comunicação com a criança surda e de promover momentos de integração dentro e fora do ambiente de sala de aula, embora demonstrem um discurso, de certa forma, protetor em relação a esse sujeito que consideram não apto, mas ainda capaz de se comunicar. Compreender como crianças ouvintes poderiam relacionar-se e incluir uma criança surda em sala de aula levanta possibilidades de novas formas de pensar a preparação de tais crianças para eventuais processos de inclusão. Reconhecer as idéias, sentimentos e formas de comunicação das crianças auxilia as instituições educacionais a investir em políticas de inclusão.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br></br>Palavras-chave: Inclusão escolar. Representação social. Educação especial.</p>