No presente artigo o autor interpreta, sob a ótica das teorias pós‐críticas de currículo, o movimento de constituição da Proposta Curricular de Santa Catarina ‐ uma política de currículo implantada a partir de 1988 para toda a Rede Pública de ensino do Estado e quetraz como marca a opção teórica pelo materialismo histórico e dialético e pela abordagem histórico‐cultural. Apoiando‐se em autores como Bernstein (1996 e 1998) Lopes (2005 e 2008), McLaren (2000), Hall (2003) e Ball (1998), o autor defende que apesar dessa demarcaçãoteórica, os textos que compõem a referida proposta evidenciam discursos recontextualizados e hibridizados, processos esses que incluem tradução, desterritorialização e reterritorializaçãode sentidos e significados. Sob esse enfoque, o autor problematiza a idéia de pureza, fidelidade e originalidade expressada pelos coordenadores e autores da proposta e aponta traços que denotam seu caráter regulativo, prescritivo e contraditório. O texto é parte de uma pesquisa coordenada pelo autor que objetiva analisar as implicações pedagógicas decorrentes da implantação da Proposta Curricular de Santa Catarina na Rede Pública de Ensino.